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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Crise no GDF atrasa novo campus de Ceilândia

Alunos e professores dependem da conclusão da obra para ter aulas práticas em laboratórios. Construção depende da liberação de R$ 10 milhões. Repasse de recursos é feito pelo Executivo
Juliana Braga - Da Secretaria de Comunicação da UnB

A crise aberta no Governo do Distrito Federal com a operação Caixa de Pandora trouxe prejuízos não só no campo político. O entra e sai de governadores, secretários de governo, administradores regionais e diretores de órgãos trouxe prejuízos no andamento de projetos, como a construção do campus da Universidade de Brasília em Ceilândia.

Administrada pelo GDF, a obra foi iniciada em 2008 e deveria ter sido entregue em novembro do ano passado. Orçada em R$ 17 milhões, até agora só foram liberados R$ 7 milhões para a construção. Com relação à parte técnica, também estão emperrados os pedidos de alterações do projeto. Feitos pela UnB à construtora, as mudanças dependem de autorização da Secretaria de Obras para serem aplicadas.

O diretor superintendente da Uni Engenharia, Jorge Luiz Abrahão, alega que, para concluir a obra, a empresa depende de três liberações orçamentárias e da autorização de pedidos de alteração do projeto. Um dos pedidos, segundo Jorge, está parado na Secretaria de Obras há mais de um ano. “Como o GDF é o responsável pela obra, ele precisa autorizá-la. Alterações são comuns em qualquer projeto, mas é preciso que as decisões sejam tomadas com agilidade para que a obra possa andar no ritmo normal”, justifica.

O secretário de Obras, João Batista Padilha, alega, que a liberação dos recursos não foi feita porque o obra não andou no ritmo esperado. “O dinheiro é repassado de acordo com o andamento dos trabalhos, mas a empresa não está executando o projeto no ritmo que deveria”, afirma. Padilha ressalta ainda que a liberação dos recursos e das alterações no projeto não podem ser condicionantes para a execução do serviço. "A empresa tem um cronograma a cumprir e obrigações que ela não está considerando", diz.

O diretor da Uni Engenharia garante que 50% da obra foi concluída. A informação não confere com a estimativa feita pelo Centro de Planejamento (Ceplan) da UnB, pela comissão de professores que visita mensalmente a construção e pela própria secretaria. Eles garantem que nem 40% da obra está pronta. “O andamento dos trabalhos está abaixo do previsto”, afirma Alberto de Faria, diretor do Ceplan.

A Secretaria de Obras, por meio da assessoria de imprensa, garantiu que R$ 1,3 milhão entrariam na conta da empresa construtora até o final do mês. Está pendente ainda um pedido de reequilíbrio orçamentário no valor de R$ 1,6 milhão feito pela empresa. Segundo Padilha o pedido foi aprovado pela Novacap, mas depende da palavra final da Terracap. O diretor superintendente da Uni Engenharia promete entregar a obra em quatro meses, assim que o dinheiro for liberado e as alterações autorizadas.

PREJUÍZOS – Alunos e professores são os maiores prejudicados com o jogo de empurra. Hoje, eles ocupam sede provisória no Centro de Ensino Médio nº 4 e na Escola Técnica de Ceilândia. Mas, dependem da entrega dos prédios para cursarem aulas em laboratórios, que são parte essencial do currículo dos cinco cursos existentes na Faculdade UnB Ceilândia. “A greve até nos deu um fôlego, mas não o respiro que vamos precisar”, lamenta a diretora da Faculdade, Diana Pinho.

Os alunos de Terapia Ocupacional e de Saúde Coletiva já estão na metade do curso e ainda não dispõem de laboratórios específicos para aulas práticas. No próximo semestre, os alunos de Farmácia, Enfermagem e Fisioterapia também estarão na mesma situação. “Os cursos que oferecemos em Ceilândia tem especificidades que precisam ser atendidas pelos laboratórios”, protesta Diana.

Professores também são prejudicados. Segundo Diana, a maior parte dos docentes são doutores e dependem dos laboratórios para fazer suas pesquisas. “Sem eles, fica difícil fixarmos os professores no quadro”, explica. A faculdade também tem proposta, já aprovada pela Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação da UnB, de criar seu primeiro programa de pós-graduação. Diana teme, entretanto, que a pós Multidisciplinar em Saúde não seja aprovada pela Capes por falta de estrutura.

Os prejuízos não terminam por aí. Sem estrutura, a faculdade não pode oferecer novos cursos e nem abrir o turno da noite. “Na Ceilândia temos demanda grande, que não podemos atender, de estudantes que trabalham durante o dia e querem estudar à noite”, conta.

Texto retirado de www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3475

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