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sexta-feira, 25 de março de 2011

Reitoria vai multar construtoras caso obras dos novos campi não fiquem prontas

UnB Agência

Alexandra Martins/UnB Agência

A Reitoria da Universidade de Brasília anunciou que as construtoras responsáveis pelas obras das sedes da UnB Gama e Ceilândia serão multadas se os prédios não ficarem prontos até dia 21 de abril. "Eu não posso garantir que os campi ficarão prontos, mas garanto que se a UnB Gama não for entregue até essa data, a empresa será multada", disse o decano de Administração, Pedro Murrieta, em reunião com estudantes dos dois campi. O prédio da UnB Ceilândia é de responsabilidade da Novacap, que também disse que vai tomar as providências necessárias se houver novo atraso no cronograma. A diretora do campus da Ceilândia, Diana Pinho, afirmou que vai começar a ocupar o prédio no mês que vem.
A reunião aconteceu em meio a uma manifestação de 300 alunos, no campus Darcy Ribeiro. Eles protestaram contra a precariedade das instalações provisórias utilizadas há três anos. "Estamos junto com vocês na Ceilândia, vivenciamos todos os dias essa realidade que não é fácil", disse Diana aos alunos. "Já tivemos as nossas expectativas frustradas por oito vezes". 
Segundo ela, oito laboratórios da nova sede serão montados nos próximos dias. Quatro deles multidisciplinares e quatro para atender as habilitações específicas: Farmácia, Saúde Coletiva, Terapia Ocupacional e Enfermagem. Caso as ligações com a rede elétrica não fiquem prontas, já foram comprados dois geradores para garantir o fornecimento de energia.
O decano Pedro Murrieta disse que faltam poucas coisas para que o prédio da UnB Gama possa começar a receber disciplinas nas próximas semanas. Já existem oito salas equipadas com lousas e carteiras para receber aulas. Falta a ligação com a rede de água e esgoto, mas está sendo construída uma fossa séptica no local e a caixa d'água esta cheia, com 30 mil litros. A construção do estacionamento depende de uma pausa nas chuvas. "Eu defendo a ocupação possível do prédio", disse Murrieta. Ele ressaltou que uma interrupção dos contratos atrasaria ainda mais as obras. "A construção para, a empresa recorre na Justiça, vira uma confusão", afirmou. 
PRECARIEDADE Os estudantes insistiram que as atuais instalações são precárias e prejudicam a sua formação. "Eu vejo as caixas com equipamento de laboratórios, mas não posso usá-los porque não tem lugar para colocá-los. O que vai ser de mim aqui pra frente?", questionou Bruna Cabral, aluna de Farmácia da UnB Ceilândia. Willian Leite, estudante de Engenharia da UnB Gama, criticou as soluções provisórias encontradas até agorta. "Cansei de darem jeitinho para nossa situação. Já tivemos aula até no estádio do Bezerrão".
Eles querem metas e planos claros para a ocupação dos prédios. "Ninguém aqui veio impor que esteja tudo pronto amanhã. Isso é impossível", afirmou Victor Hugo de Sousa, estudante da UnB Gama. "Queremos garantir que as obras fiquem prontas até 21 de abril". Os alunos visitaram as duas construções na manhã de quarta-feira e verificaram os problemas existentes. Leia aqui
Também houve reclamações quanto à matrícula. "Além da palhaçada no atraso das obras, a gota d’água foi a matrículaweb considerando o novo prédio. Na véspera de começar as aulas, mudaram os horários sem consultar os estudantes", disse Natasha Ficheira, da UnB Gama (leia mais aqui). A decana de Ensino de Graduação, Márcia Abrahão, avisou há mais de um mês à direção do Gama que o novo prédio não poderia comportar aulas. 
"Fizemos uma visita às obras e o diretor estava de férias. Avisamos que poderiam ser usados mais horários na grade, mas a direção tinha decidido usar horários diferentes dos outros campi", disse Márcia (leia aqui). "Os horários do turno diurno, decididos pelo Conselho de Ensino, vão até 19h50. Por que no Gama as aulas se concentram predominantemente até 15h20?". Ela também pediu que as disciplinas da pós-graduação não fossem colocadas nos horários da graduação. 
Diana Pinho, da UnB Ceilândia, disse aos estudantes que não conseguiram se matricular em alguma disciplina que levem o pedido novamente à secretaria. Ela vai fazer uma reavaliação de forma a garantir vaga para todos. 

Mariana Costa/UnB Agência


ASSISTÊNCIA A equipe da Reitoria prometeu reforçar a atenção à assistência estudantil. Os alunos dos novos campi que recebem a bolsa-permanência de R$ 465 (valor 30% maior que o estipulado pelo MEC, de R$ 360) poderão entregar sua ficha de frequência na própria faculdade onde estudam. Além disso, o Decanato de Assuntos Comunitários vai levar para votação a eliminação das horas de trabalho exigidas como contrapartida.
O DAC também está estudando possíveis locais que possam servir de moradia estudantil em Planaltina, Gama e Ceilândia. Até lá, os estudantes podem candidatar-se a receber uma bolsa-moradia de R$ 510 (leia aqui). Também está prevista a construção de restaurantes universitários nos campi. Alguns equipamentos já foram comprados e devem ser instalados até o fim do ano. Márcia Abrahão informou que todas as bolsas Reuni e de monitoria pedidas pelas direções dos campi foram concedidas.
Victor Hugo de Sousa, presidente do CA do Gama, disse que a reunião foi proveitosa. "Conseguimos várias respostas e nos aproximamos mais dos responsáveis pelas obras", afirmou. "Pela primeira vez, eu vi posições mais claras da Reitoria. Não era o que queríams ouvir, mas eles foram sinceros", avaliou Florentino Júnio, do CA de Saúde Coletiva da UnB Ceilândia.
Ainda assim, o movimento estudantil pela finzalização das obras vai continuar. Em assembleia, os alunos decidiram entrar em estado de greve até segunda-feira. Na semana que vem, novas assembleias, uma em cada campi, vai decidir se eles vão fazer ou não uma paralisação geral. "Nosso recado está dado: do jeito que está, não pode continuar", afirmou Florentino.  

Texto retirado UnB Agência

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