As obras da Faculdade UnB Ceilândia andam a passos de formiga. Como a empresa responsável pela obra está em dívida com o Fisco, ela não pode receber verbas pelo Governo do Distrito Federal. Sem receber o pagamento, a empresa tem menos funcionários trabalhando. A Uni Engenharia assegura que a documentação será regularizada em até 15 dias e que vai cumprir o prazo de entrega da obra, 15 de novembro.
Administrada pelo GDF, a construção do campus da Ceilândia começou em 2008, e deveria ter sido entregue em novembro do ano passado. Em reunião com o reitor José Geraldo de Sousa Júnior, em 15 de julho, o governador do DF, Rogério Rosso, assegurou o repasse de R$ 2,9 milhões referentes a aditivos e garantiu que a construção seria finalizada em 120 dias.
Passaram-se 18 dias e o movimento no canteiro é o mesmo. Nesta segunda-feira, 35 pessoas trabalhavam na obra. "Antes, tínhamos 135 trabalhadores na obra", disse um dos funcionários, que preferiu não se identificar. No último mês, houve corte salarial e atraso nos pagamentos. "Alguns salários foram reduzidos em mais de 50%. As pessoas que foram demitidas receberam o salário, mas as contas de demissão ainda não foram acertadas. No último mês, os encarregados receberam metade do salário no dia certo. A outra parte só foi paga depois de 20 dias", disse.
Diana Pinho, diretora da Faculdade, visitou o campus na semana passada. Ela esperava encontrar a obra a todo vapor. "Achávamos que já haveria mais pessoas no canteiro, mas nada foi feito", disse. "Para nós, o problema continua".
O secretário de Obras do DF, João Batista Padilha, explica que o problema do atraso nos pagamentos é de responsabilidade da empresa, já que ela não possui Certidão Negativa de Débitos. "Isso é muito corriqueiro entre as empreiteiras. Essa certidão indica se a empresa é idônea, se não possui problemas com impostos. Se esse valor for repassado sem esse documento, é ilegal", afirma. Caso a obra não seja retomada, pode haver cancelamento do contrato.
O diretor superintendente da Uni Engenharia, Jorge Luiz Abrahão, afirma que a liberação dos aditivos é um avanço. E que a retomada da obra é uma questão de tempo. "Há um trâmite que está em andamento. O prazo estipulado pelo GDF é viável e vai ser cumprido", disse. Jorge admite que houve redução de pessoal e que o número de funcionários será ampliado. "Estamos prontos para dar o salto que é necessário para conclusão da obra", disse.
O secretário afirma que o restante do dinheiro, aproximadamente R$ 10 milhões, será liberado de acordo com o andamento da obra. "Estamos fazendo nossa parte".
Fonte: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3680 às 23:36 03/08/2010
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