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quinta-feira, 20 de maio de 2010

I Assembléia Nacional dos Estudantes de Saúde Coletiva

I Assembléia Nacional dos Estudantes de Saúde Coletiva


Recife - PE


Participantes: 35

Relatores: Bianca Borges da Silva Leandro (UFRJ)
Paulo Henrique Gomes da Silva (UnB)

No dia 1° de novembro de 2009 aconteceu, em Recife, durante o IX Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (ABRASCÃO), a primeira Assembléia Nacional dos Estudantes de graduação em Saúde Coletiva.

Tal Congresso mostrou ser uma das maiores conferências de saúde coletiva da América Latina, onde foram abordados os rumos da saúde pública e os caminhos para os princípios e diretrizes do nosso Sistema Único de Saúde – SUS - serem totalmente cumpridos. Este local foi estratégico para o nosso encontro, contudo, não foi o ideal devido à elitização desse evento, no que se refere, principalmente, a taxa de inscrição, não permitindo que todos os estudantes de graduação estivessem presentes.

O encontro contou com a presença de 35 estudantes representando suas respectivas Universidades (UFRJ, UFBA, UNB, UFRGS) que se reuniram embaixo das escadas do imenso Congresso. Vale ressaltar que ao todo, existem 19 cursos de Saúde Coletiva no Brasil implementados ou em processo de implementação. As cinco regiões do país já contam com a presença desse curso.

A nossa Assembléia e a nossa participação no IX Congresso da Abrasco ajudaram a fortalecer a importância da existência do curso. A discussão não é mais sobre a relevância da existência desse curso. Ele já existe. Porém, como ele existe e quais são as suas dificuldades encontradas. Afinal, “é tempo de uma graduação em Saúde Coletiva”. Essa graduação, entendida como algo novo no cenário da Saúde e Educação no Brasil, não é (tem ?) um corpo definido, ela está em processo de construção.

Com isso, começamos a debater o que achamos da saúde brasileira hoje e como podemos mudar a realidade dessa saúde totalmente devastada e quase sem nenhum acesso para a sua população. Chegamos à conclusão que está faltando, por partes das universidades como um todo, e em todas as localidades, um comprometimento com a sociedade, que devemos ter matérias mais engajadas com os movimentos sociais e haver por partes dos universitários um comprometimento com os mesmos.

A discussão da Assembléia também girou em torno da: nossa identidade enquanto profissional da saúde; da diversidade de cursos existentes no país; do estranhamento que um sanitarista causa no cenário da saúde e da sociedade; e da frustração que muitos de nós temos, já que somos os pioneiros. Esse curso é o sonho de muitas pessoas, mas também é a nossa vida. Nós, enquanto estudantes de graduação em saúde coletiva, temos, em nossas mãos, depois de formados, grandes desafios no espaço da saúde coletiva.

Entendemos que a nossa formação volta-se para a construção de um profissional da saúde e não da doença. Um profissional que tenha a flexibilidade para atender as demandas dos usuários, enxergando estes como os principais atores no processo de saúde. E mais, um profissional que, formado a partir de uma Universidade Pública, deve retribuir os grandes gastos que a sociedade teve com ele principalmente através de serviços igualitários e humanos.

Em relação às diferenças dentre os cursos espalhados pelo Brasil e ao perfil dos estudantes, concluímos que é o que torna rica a nossa graduação. Notamos que muitos problemas são semelhantes, tais como:

  • Dificuldade em conectar as disciplinas;

  • Como tentar fazer diferente no cenário educativo vigente e

  • Carência de infra-estrutura (falta de salas, bibliotecas bem equipadas...);

Além disso, outros pontos discutidos foram:

  • A possibilidade de intercâmbios nacionais e

  • O fomento a debates sobre o nosso I Encontro Nacional dos Estudantes de Saúde Coletiva (ENESC) (programado para ocorrer em 2010, com sede ainda não definida);


Nesse Congresso da Abrasco, também no dia 1°/11/2009, aconteceu um Fórum sobre a graduação em Saúde Coletiva, nessa mesa tivemos direito a um assento. Reforçamos então a nossa fala junto a nossa representante na cadeira (Anelise – estudante da primeira turma da UFRGS). Ela com uma enorme competência, passou todos os assuntos debatidos por nós com a maior fidelidade, não se deixou se intimidar com a mesa e até se retrucou algumas análises feitas por parte dos participantes.

Enfim, o movimento está unido, principalmente no fato de tentar fazer diferente no cenário da Saúde no Brasil.

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